Coronavírus - Perguntas e Respostas
O mundo está em alerta com o avanço do novo coronavírus, que surgiu em dezembro de 2019 na cidade de Wuhan, na China. A doença que causa a atual pandemia foi batizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como Covid-19. Após um mês da confirmação do primeiro de caso de coronavírus no Brasil, todos os estados registraram casos da doença. Abaixo, confira as principais perguntas e respostas sobre sintomas, transmissão, cuidados e tratamento.
1) O que é o novo coronavírus?
É um vírus que tem causado doença respiratória pelo agente coronavírus, recentemente identificado na China. Os coronavírus são uma grande família viral, conhecidos desde meados de 1960, que causam infecções respiratórias em seres humanos e em animais. Geralmente, infecções por coronavírus causam doenças respiratórias leves a moderadas, semelhantes a um resfriado comum. Alguns coronavírus podem causar doenças graves com impacto importante em termos de saúde pública, como a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), identificada em 2002 e a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS), identificada em 2012.
2) Qual a forma de transmissão do vírus?
As investigações sobre transmissão do novo coronavírus ainda estão em andamento. Neste momento está estabelecida transmissão por contato com secreções. A transmissão pode ocorrer de forma continuada, ou seja, um infectado pelo vírus pode passá-lo para alguém que ainda não foi infectado. A transmissão costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como:
- Gotículas de saliva;
- Espirro;
- Tosse;
- Catarro;
- Contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão com pessoa infectada;
- Contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.
3) Quais os sintomas do coronavírus?
Os sinais e sintomas clínicos são principalmente respiratórios, semelhantes aos de um resfriado comum. Podem também causar infecção do trato respiratório inferior, como as pneumonias.
Os principais sintomas são:
- Febre
- Tosse;
- Coriza;
- Dificuldade para respirar.
4) Como se prevenir contra o Coronavírus?
As principais orientações são:
- Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar;
- Utilizar lenço descartável para higiene nasal;
- Não compartilhar objetos de uso pessoal;
- Limpar regularmente o ambiente e mantê-lo ventilado;
- Lavar as mãos com água e sabão ou usar antisséptico de mãos à base de álcool 70%;
- Deslocamentos/viagens não devem ser realizados enquanto a pessoa estiver doente;
- Usar máscara de proteção;
- Evitar aglomerações;
- Manter o isolamento social.
5) Existe vacina para prevenção ao coronavírus?
Até o momento, não. No entanto, cientistas ao redor do mundo e no Estado de São Paulo, como as equipes do Instituto Butantã, já iniciaram pesquisas para desenvolvimento de vacina. Ainda é precoce indicar se e quando ela estará disponível.
6) Qual exame detecta essa doença?
O exame é Coronavírus Covid-19, pesquisa por método molecular, realizado através da coleta de material respiratório (coleta de secreções da boca e nariz).
A Cabesp já negociou com os principais prestadores para a realização dos exames de detecção do coronavírus, conforme Rol da ANS.
7) Como é feito o tratamento do novo coronavírus?
O tratamento é feito com base nos sintomas de cada paciente.
8) O que fazer em caso de sintomas?
A infecção apresenta manifestações clínicas parecidas com as de outros vírus ou gripe. Dessa forma, no caso do novo coronavírus é indicado:
- Repouso
- Hidratação (ingestão de bastante água e líquidos);
- Medidas adotadas para aliviar os sintomas, conforme cada caso, como: uso de medicamento para dor e febre (antitérmicos e analgésicos);
Pacientes com sintomas mais intensos podem ser hospitalizados. A definição compete ao médico responsável pelo caso.
9) Quando devo procurar ou não o serviço de emergência hospitalar?
Se o quadro for leve, não é necessário procurar um pronto-socorro e o tratamento é o mesmo indicado para uma gripe comum.
Recomenda-se buscar atendimento médico no contexto de um quadro gripal e na presença de qualquer um dos sinais ou sintomas abaixo:
- Febre (temperatura axilar ≥37,8ºC) por mais de 3 dias
- Falta de ar;
- Dor no Peito;
- Desconforto Respiratório;
- Alteração de consciência ou confusão mental;
- Piora progressiva do estado geral.
*É importante salientar que em um momento de pandemia, a procura por serviços de emergência deve ser feita com bastante critério, pois há um aumento no volume destes serviços, os quais devem ser destinados preferencialmente aos casos mais graves. Utilize o serviço de TELEMEDICINA disponibilizado pela Cabesp em 28/04/2020, evitando sua ida ao pronto socorro e, assim, evitando risco de contágio pelo novo coronavírus.
10) Qual o grupo de risco para o coronavírus?
As pessoas que tenham uma das condições abaixo encontram-se no grupo de maior risco para os desfechos graves decorrentes do coronavírus, e devem ser mais rigorosos na adoção de medidas preventivas, observando sinais que evidenciem a piora do estado de saúde:
- Mais de 60 anos de idade e\ou;
- Diabetes e\ou;
- Hipertensão arterial sistêmica e\ou;
- Doença pulmonar crônica e\ou;
- Doença renal crônica e\ou;
- Uso de medicamentos imunossupressores e\ou;
- Uso de medicamentos imunobiológicos e\ou;
- Estar em tratamento para câncer.
11) O que é o “período de incubação”?
O período de incubação consiste no intervalo entre a data de contato com o vírus até o início dos sintomas. No caso do COVID-19, já se sabe que o vírus pode ficar incubado por até duas semanas (14 dias), quando os sintomas aparecem desde a infecção.
12) O coronavírus pode matar?
O óbito pode ocorrer em virtude de complicações da infecção, como por exemplo, insuficiências respiratórias. Os dados mais recentes da OMS (Organização Mundial da Saúde) indicam taxa de letalidade de 2 a 3% dos casos confirmados.
13) No isolamento domiciliar, quais cuidados o paciente deve ter?
Nessa condição, a pessoa deve ser mantida em casa, recebendo cuidados como hidratação e repouso. Os familiares devem tomar as precauções já indicadas, como evitar compartilhamento de objetos pessoais, contatos com secreção do paciente e higienização constante das mãos e do ambiente.
14) Há alguma alteração na Rede de Hospitais da Cabesp para atendimento aos casos de Coronavírus?
Não. Porém, alguns hospitais estão direcionando os pacientes para uma unidade específica, “visando, com isso, mitigar a transmissão cruzada e atender os pacientes em uma estrutura exclusiva”.
15) Como utilizar corretamente a máscara de proteção contra o Coronavírus?
O Ministério da Saúde apresenta as dicas abaixo para uso e manuseio da máscara:
- Em primeiro lugar, é preciso ressaltar que a máscara é individual. Não pode ser dividida com ninguém, nem com mãe, filho, irmão, marido, esposa etc. Então se a sua família é grande, saiba que cada um tem que ter a sua máscara, ou máscaras;
- A máscara pode ser usada até ficar úmida. Depois desse tempo, é preciso trocar. Então, o ideal é que cada pessoa tenha pelo menos duas máscaras de pano;
- Mas atenção: a máscara serve de barreira física ao vírus. Por isso, é preciso que ela tenha pelo menos duas camadas de pano, ou seja, dupla face;
- Também é importante ter elásticos ou tiras para amarrar acima das orelhas e abaixo da nuca. Desse jeito, o pano estará sempre protegendo a boca e o nariz e não restarão espaços no rosto;
- Use a máscara sempre que precisar sair de casa. Saia sempre com pelo menos uma reserva e leve uma sacola para guardar a máscara suja, quando precisar trocar;
- Chegando em casa, lave as máscaras usadas com água sanitária. Deixe de molho por cerca de 30 minutos;
- Para cumprir essa missão de proteção contra o coronavírus, serve qualquer pedaço de tecido, vale desmanchar aquela camisa velha, calça antiga, cueca, cortina, o que for;
- Para usar regularmente as máscaras protetoras é necessário cuidado no manuseamento e uso para evitar exposição à Covid-19. Para colocar e retirar do rosto, o manuseio deve ser feito apenas pelos elásticos ou atilhos. Após retirar do rosto, o próprio usuário deve lavar de imediato a máscara com sabão ou água sanitária, deixando de molho por cerca de 20 minutos, para higienização total. Sempre vale lembrar: a máscara é de uso pessoal e não deve ser compartilhada com outras pessoas.
- Clique aqui e confira um tutorial para fazer sua própria máscara.
Referências;
Ministério da Saúde – saude.gov.br
Secretaria de Saúde de São Paulo – saude.sp.gov.br